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Belo Horizonte aposta em polos culturais nas periferias para transformar realidades

  • Foto do escritor: turbuck
    turbuck
  • 20 de jun.
  • 2 min de leitura

A capital mineira tem apostado na cultura como ferramenta de transformação social. Nos últimos meses, Belo Horizonte vem ampliando o número de polos culturais instalados em bairros periféricos, com oficinas de arte, dança, audiovisual, literatura e formação técnica para jovens e adultos. A proposta é ocupar os territórios com educação, expressão e geração de renda.



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Iniciativas como o Polo Cultural da Vila Pinho, no Barreiro, e o Espaço Juventude no Morro das Pedras já colhem frutos. Em cada local, dezenas de jovens participam diariamente de oficinas gratuitas que vão desde a escrita criativa até a produção musical. Mais do que aprender, eles compartilham vivências, fortalecem a autoestima e criam redes de apoio.

Para o educador social Anderson Luiz, que coordena o polo da Vila Pinho, o impacto vai além do aprendizado. “A gente vê adolescentes que antes estavam sem perspectiva agora pensando em carreira, faculdade, arte. A cultura devolve para eles o sonho e a capacidade de imaginar outro futuro”, afirma.

A costureira Gisele Nunes, de 41 anos, conta que o filho, Kauê, de 15, reencontrou o interesse pela escola depois de começar a frequentar as oficinas de percussão. “Ele aprendeu que pode ser músico, professor, o que quiser. E isso mudou nossa vida dentro de casa”, diz.

A ampliação dos polos culturais é uma política da Secretaria Municipal de Cultura em parceria com coletivos locais e organizações da sociedade civil. Além das atividades regulares, os espaços promovem feiras criativas, apresentações abertas e encontros com artistas de destaque na cena mineira. O objetivo é tornar os bairros centros vivos de produção cultural, conectando talentos locais com oportunidades reais de trabalho e reconhecimento.

Belo Horizonte já conta com 14 polos em funcionamento e pretende chegar a 20 até o fim do ano, com foco nas regiões Norte, Barreiro e Venda Nova. Além disso, está sendo estudado um edital específico para premiar iniciativas culturais criadas dentro desses territórios, fortalecendo a autonomia dos coletivos e artistas periféricos.

Ao apostar na cultura como vetor de desenvolvimento, BH se consolida como uma cidade que reconhece o poder da arte de mudar destinos — especialmente onde mais se precisa de visibilidade, escuta e investimento.

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