Belo Horizonte incentiva hortas urbanas e fortalece agricultura comunitária
- turbuck
- 20 de jun.
- 2 min de leitura
Belo Horizonte está se tornando referência nacional em agricultura urbana com a expansão das hortas comunitárias em diversas regiões da cidade. O programa, que une sustentabilidade, segurança alimentar e geração de renda, tem mobilizado moradores, escolas, centros culturais e grupos de terceira idade em uma verdadeira rede de produção coletiva.
Atualmente, mais de 120 hortas urbanas estão ativas na capital mineira, com apoio da Prefeitura por meio da Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional. Os espaços ocupam terrenos ociosos ou áreas públicas subutilizadas e são geridos por coletivos locais, que se revezam no plantio, na manutenção e na colheita. A produção é majoritariamente orgânica e parte dela é destinada ao autoconsumo, enquanto o excedente é comercializado em feiras livres ou doado a instituições sociais.

No Aglomerado da Serra, a horta “Raízes do Morro” reúne cerca de 15 famílias. Além de cultivar alimentos, o grupo realiza oficinas sobre compostagem, fitoterapia e alimentação saudável. “É mais do que plantar. É cuidar da terra, fortalecer o bairro e alimentar dignamente quem precisa”, afirma Solange Miranda, moradora e coordenadora da iniciativa.
Segundo a nutricionista Larissa Guimarães, que atua como voluntária em três hortas da Zona Oeste, a agricultura urbana também tem impacto direto na saúde pública. “A gente percebe melhora na alimentação, no bem-estar mental e até na socialização das pessoas. Muita gente que estava isolada encontrou nas hortas um novo sentido para o dia a dia”, conta.
A prefeitura oferece suporte técnico, doação de insumos, treinamento e acompanhamento das equipes. Além disso, criou uma política de fomento que prevê editais públicos para o custeio de projetos de hortas e agroecologia urbana, especialmente em regiões com altos índices de vulnerabilidade.
Outra frente em crescimento são as hortas escolares, que têm sido incorporadas ao currículo de diversas instituições de ensino da rede municipal. Por meio delas, crianças e adolescentes aprendem sobre ecologia, alimentação saudável e responsabilidade coletiva. Os próprios alunos cuidam dos canteiros e levam parte dos alimentos para casa.
A expectativa da gestão municipal é dobrar o número de hortas urbanas até 2026, integrando-as a outras políticas públicas como educação, assistência social e meio ambiente. Com isso, Belo Horizonte reafirma seu compromisso com uma cidade mais verde, justa e resiliente — onde plantar e colher são, também, atos de cidadania.





Comentários