Belo Horizonte: nova leva de editais culturais impulsiona criatividade e inclusão na capital
- turbuck
- 27 de jun.
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Belo Horizonte inicia o segundo semestre de 2025 com uma onda vibrante de estímulo à cultura. A Prefeitura lançou recentemente um novo pacote de editais culturais, com destaque para o Edital Multilinguagens, que vai destinar R$ 9,5 milhões para projetos nas mais diversas expressões artísticas — de teatro a literatura, de música a design, passando por artes visuais, dança e iniciativas híbridas. A medida tem sido celebrada por artistas, coletivos e produtores locais como uma oportunidade concreta de expansão da produção criativa e de acesso democrático à arte em todas as regionais da capital.

Mais do que um investimento financeiro, a proposta representa uma política cultural voltada para a descentralização. Ao estabelecer que cada uma das nove regionais de Belo Horizonte receberá no mínimo uma parte proporcional dos recursos, o edital combate desigualdades históricas no acesso à arte e incentiva a produção cultural onde ela muitas vezes é invisibilizada. Além disso, os projetos deverão conter contrapartidas sociais, como oficinas gratuitas, apresentações abertas em praças públicas e atividades educativas em escolas, o que fortalece o elo entre cultura e comunidade.
Outro ponto valorizado nos editais é a obrigatoriedade de ações de acessibilidade, como intérpretes de Libras, legendas e audiodescrição. Essa exigência amplia o alcance das atividades e demonstra um compromisso claro com a inclusão. A cidade passa, assim, a cultivar não apenas a diversidade de linguagens, mas também a diversidade de públicos, rompendo barreiras físicas e simbólicas que por muito tempo afastaram parte da população da vivência cultural.
Além do Edital Multilinguagens, também foi lançado o programa BH nas Telas, com R$ 2 milhões destinados a fomentar o setor audiovisual. O incentivo contempla documentários, filmes de ficção, animações, festivais, jogos eletrônicos e ações formativas, com prioridade para propostas que dialoguem com os territórios e contemplem narrativas periféricas, indígenas, LGBTQIA+ e negras. Belo Horizonte, que já tem tradição no cinema e na produção independente, reforça assim sua posição como polo criativo em expansão.
A atmosfera de valorização da arte não se limita ao investimento público. Projetos como o “Arte nas Águas de Minas”, que está transformando reservatórios da Copasa em verdadeiras galerias a céu aberto, também contribuem para renovar a paisagem urbana e provocar reflexões sociais e ambientais. Murais assinados por artistas locais e nacionais têm ressignificado muros e estruturas antes anônimas, levando cor, identidade e pertencimento para diferentes pontos da cidade.
Com todas essas ações, Belo Horizonte reafirma seu papel como uma capital que acredita na potência da cultura como ferramenta de transformação. Os editais, os murais, as oficinas e os palcos descentralizados mostram que a arte não é privilégio de poucos, mas um direito de todos. Em meio às cores, sons e histórias que surgem desses projetos, a cidade se reconhece, se emociona e se reinventa — provando que cultura viva é cultura que alcança, toca e permanece.





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