top of page

MINAS365

  • Facebook
  • X
  • Instagram
  • Youtube

Diamantina preserva memória do Brasil com ações educativas em escolas públicas

  • Foto do escritor: turbuck
    turbuck
  • 20 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de jun.

Mais do que um cenário encantador para turistas, Diamantina tem se dedicado a preservar e transmitir sua rica herança cultural às novas gerações. Com um conjunto de projetos voltados para a educação patrimonial, o município está aproximando crianças e adolescentes da história da cidade — e, por consequência, da formação do Brasil.

ree

A iniciativa “Patrimônio na Escola”, realizada em parceria entre a Secretaria Municipal de Educação, o IPHAN e o Museu do Diamante, leva estudantes da rede pública para visitas guiadas a espaços históricos, igrejas, centros culturais e sítios arqueológicos. Além disso, as crianças participam de oficinas de memória, produzem maquetes e desenvolvem projetos interdisciplinares sobre arquitetura, costumes, oralidade e religiosidade.

Segundo a professora Márcia Couto, do bairro Cazuza, a proposta muda a forma como os alunos enxergam a cidade. “Muitos moram perto de lugares históricos, mas não sabiam o valor que eles têm. Hoje, falam com orgulho da sua origem, do seu bairro, e até ensinam os pais sobre preservação”, conta.

Uma das experiências mais marcantes tem sido a visita ao Passadiço da Glória, uma das construções mais emblemáticas da cidade. Ali, os alunos ouvem histórias da época do Ciclo do Ouro e das atividades das ordens religiosas, e aprendem sobre o papel das mulheres no contexto colonial. As ações são conduzidas com linguagem acessível e envolvente, sempre conectando o passado com temas contemporâneos como identidade, diversidade e direitos humanos.

Outro destaque do programa é o projeto “Museu vai à Escola”, em que artefatos históricos e reproduções de documentos antigos são levados às salas de aula, transformando o ambiente em uma verdadeira cápsula do tempo. A proposta é especialmente útil para escolas rurais, que enfrentam dificuldades logísticas para levar turmas aos espaços culturais da cidade.

A estudante Giovana Ramos, de 11 anos, diz que depois do projeto passou a ter mais interesse pela história. “Aprendi que Diamantina é muito importante para o Brasil. E que a gente tem que cuidar dos nossos lugares antigos para ninguém esquecer o que aconteceu aqui”, afirmou.

A prefeitura também anunciou que vai expandir os projetos para as comunidades quilombolas e indígenas da região, garantindo representatividade e valorização da diversidade cultural no processo educativo.

Com ações simples e transformadoras, Diamantina reafirma sua vocação como guardiã da memória nacional — onde as pedras do caminho não são obstáculos, mas pistas vivas da nossa própria história.

Comentários


bottom of page