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Diamantina valoriza saberes tradicionais com projeto de oficinas intergeracionais nas comunidades rurais

  • Foto do escritor: turbuck
    turbuck
  • 25 de jun.
  • 2 min de leitura

Em Diamantina, tradição e futuro se encontram nas oficinas intergeracionais promovidas pela Prefeitura em comunidades rurais e quilombolas do município. O projeto, chamado “Saberes que Florescem”, conecta jovens e idosos em atividades que resgatam técnicas tradicionais, fortalecem vínculos afetivos e valorizam a identidade cultural da região.


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As oficinas acontecem em centros comunitários e escolas do campo, com encontros semanais voltados para práticas como trançado de palha, bordado, fabricação de instrumentos musicais, contação de causos, cantigas antigas, culinária tradicional e produção de remédios naturais com ervas do cerrado. Em cada atividade, a sabedoria dos mais velhos ganha espaço e voz — e encontra nos jovens curiosidade e respeito.

A iniciativa surgiu da escuta das próprias comunidades, que manifestaram o desejo de manter vivas suas referências culturais e fortalecer o convívio entre gerações. Os encontros são acompanhados por educadores culturais e agentes comunitários, mas os protagonistas são os próprios moradores, que compartilham histórias, receitas e técnicas muitas vezes passadas de geração em geração.

Dona Nair, de 84 anos, ensina a fazer bonecas de pano em São João da Chapada. “Minha avó fazia isso comigo quando eu era menina. Agora ensino pras meninas de hoje. Cada ponto tem uma lembrança, uma conversa, uma alegria.”

Além do aspecto afetivo, o projeto também tem gerado resultados concretos. Em algumas comunidades, os jovens começaram a comercializar peças de artesanato em feiras locais, e a Prefeitura estuda a criação de uma rede de economia solidária com identidade visual própria. Os produtos carregam consigo não só o talento manual, mas a história de um território rico em diversidade cultural.

O programa também promove rodas de conversa sobre temas como pertencimento, autoestima, ancestralidade e resistência, reforçando os laços comunitários e estimulando o protagonismo da juventude rural. As oficinas estão se tornando referência para outras cidades da região do Alto Jequitinhonha, interessadas em aplicar metodologias semelhantes.

Com o “Saberes que Florescem”, Diamantina reafirma sua vocação como guardiã da cultura viva de Minas Gerais, mostrando que preservar o passado é também uma forma de cultivar o futuro — com respeito, cuidado e diálogo entre gerações.

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