Montes Claros valoriza cultura popular com apoio a grupos tradicionais e festas regionais

Montes Claros respira cultura popular. Congados, folias de reis, catopês, quadrilhas, batuques e tambores fazem parte do calendário e da alma da cidade. Para preservar esse patrimônio vivo, a gestão municipal tem investido no fortalecimento dos grupos tradicionais e na valorização das festas populares como instrumentos de identidade, memória e desenvolvimento cultural.

Um dos maiores exemplos desse compromisso é o apoio institucional à Festa dos Catopês, Marujos e Caboclinhos — uma das manifestações culturais mais importantes do Norte de Minas. Todos os anos, durante o mês de agosto, o evento reúne dezenas de grupos de congado, com trajes típicos, cantos devocionais e coreografias que misturam religiosidade, ancestralidade africana e resistência.

A prefeitura oferece estrutura, logística, ajuda de custo para os grupos e oficinas de formação para as novas gerações. “É uma festa que fala da nossa origem, do nosso povo e da nossa fé. Apoiar isso é apoiar a história da cidade”, afirma mestre Valdivino, integrante de um grupo de marujos com mais de 40 anos de trajetória.

Outro destaque é a política de fomento a grupos de cultura popular, por meio de editais públicos e projetos em parceria com escolas e centros culturais. Com isso, iniciativas como o grupo de samba rural do bairro Morrinhos, o coral da terceira idade do Major Prates e a quadrilha “Explosão do Sertão” têm conseguido manter suas atividades e atrair novos participantes.

A jovem Luana Oliveira, de 17 anos, entrou na quadrilha da escola por curiosidade, mas hoje não se vê mais fora das festas juninas. “Aqui eu aprendi a dançar, fiz amigos e descobri que posso levar a cultura a sério, até como profissão. Já penso em estudar artes cênicas”, conta entusiasmada.

A cidade também se destaca na realização de festivais e circuitos culturais descentralizados, como o Festival de Inverno e o Circuito de Cultura Popular nos Bairros, que levam apresentações musicais, teatrais e oficinas para comunidades rurais e regiões periféricas. Além disso, há ações permanentes de salvaguarda do patrimônio imaterial, com registro audiovisual, entrevistas com mestres e mapeamento dos grupos ativos.

Com essas ações, Montes Claros fortalece a cultura não como espetáculo isolado, mas como parte do cotidiano, da fé e da resistência de seu povo. Uma cidade que dança, canta e conta sua história com orgulho — e que entende que cultura popular é força que pulsa no coletivo.