Poços de Caldas amplia atenção à saúde mental com acolhimento comunitário e terapias integrativas
- turbuck
- 22 de jun.
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A saúde mental tem ganhado protagonismo nas políticas públicas de Poços de Caldas, que vem estruturando uma rede de cuidado baseada no acolhimento, na escuta ativa e em terapias integrativas. A cidade aposta em um modelo humanizado que vai além do atendimento clínico, envolvendo as famílias, a comunidade e as singularidades de cada paciente.

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é o principal ponto de referência do município nesse campo. Com unidades voltadas ao público adulto e infantojuvenil, o CAPS oferece atendimentos psicológicos, psiquiátricos, oficinas terapêuticas, visitas domiciliares e rodas de conversa. Em 2024, foram mais de 9 mil atendimentos realizados, com enfoque em casos de ansiedade, depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia.
A cidade também tem apostado em terapias complementares dentro da rede pública, como auriculoterapia, reiki, meditação guiada e arteterapia, disponíveis em algumas UBSs e nos próprios CAPS. Os resultados têm sido positivos, especialmente em usuários com histórico de internações recorrentes, que passaram a aderir mais ao tratamento.
A dona de casa Elza Ferreira, de 63 anos, encontrou no atendimento do CAPS uma nova forma de se reconectar com a vida. “Eu tinha muita tristeza, ficava só em casa. Aqui aprendi a falar dos meus sentimentos e encontrei gente que entende o que eu passo. Me senti viva de novo.”
Poços também desenvolve ações em escolas, com psicólogos e assistentes sociais promovendo rodas de conversa sobre bullying, autoestima, relações familiares e uso de redes sociais. O objetivo é prevenir adoecimentos psíquicos desde cedo, promovendo uma cultura de cuidado e empatia.
O município ainda realiza campanhas permanentes de combate ao preconceito contra transtornos mentais, incentivando a população a buscar ajuda e a respeitar os diferentes tempos e formas de sofrimento emocional.
Com uma abordagem que valoriza o ser humano em sua totalidade, Poços de Caldas mostra que cuidar da saúde mental é tão essencial quanto tratar do corpo — e que redes de apoio, escuta e acolhimento podem transformar vidas.





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