Sete Lagoas amplia políticas sociais com foco em famílias em situação de vulnerabilidade

Com um olhar mais atento para a realidade de quem mais precisa, Sete Lagoas tem ampliado significativamente suas políticas públicas de assistência social. Ações integradas entre os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), programas de transferência de renda e atendimento itinerante vêm fortalecendo o apoio a famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social em diversos bairros da cidade.

Atualmente, o município conta com cinco CRAS em funcionamento, estrategicamente localizados em regiões com alto índice de demanda social, como Alvorada, Cidade de Deus, Itapuã, Nova Cidade e São João. Nessas unidades, as famílias encontram acolhimento, escuta ativa, orientação sobre direitos, acesso ao Cadastro Único e encaminhamentos para políticas complementares nas áreas de saúde, educação, habitação e emprego.

Além do atendimento fixo, o projeto “CRAS Itinerante” leva os serviços da assistência social até comunidades mais afastadas, áreas rurais e ocupações urbanas. Uma van adaptada, equipada com computadores, materiais informativos e equipe multidisciplinar, realiza visitas semanais, cadastrando famílias, distribuindo cestas básicas emergenciais e promovendo rodas de conversa sobre cidadania, combate à violência doméstica e acesso a benefícios.

Segundo a secretária de Assistência Social, Daniele Barbosa, o trabalho vai além dos números. “Cada família tem uma história. Nosso desafio é garantir presença, escuta e encaminhamento com respeito e eficácia. A vulnerabilidade não pode ser invisível”, afirma.

A costureira Ana Cláudia Gomes, moradora do bairro Cidade de Deus, conta que só conseguiu regularizar o cadastro e acessar o benefício do Auxílio Sete Lagoas após o atendimento da equipe itinerante. “Eu não sabia que tinha direito. Vieram aqui, me explicaram tudo com paciência e agora consigo comprar o básico pra casa. Foi uma bênção”, relata.

Além da proteção social básica, a cidade também tem investido na proteção especial, com acompanhamento de famílias em situação de violação de direitos, atendimento a crianças e adolescentes em risco e acolhimento institucional quando necessário. Projetos como o “Família Acolhedora”, “Mulheres que Transformam” e oficinas de geração de renda em parceria com o SENAR e o Sebrae têm alcançado públicos diversos, com foco na autonomia e na dignidade.

Com estrutura, escuta e ações descentralizadas, Sete Lagoas reafirma o papel da política de assistência social como instrumento de equidade. Uma cidade que acolhe, protege e constrói redes — para que ninguém fique para trás.