Sete Lagoas cria programa para revitalizar fachadas do centro histórico com apoio de artistas locais
- turbuck
- 24 de jun.
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Sete Lagoas está dando nova vida ao seu centro histórico com o programa “Fachadas Vivas”, uma iniciativa inovadora que une restauração arquitetônica, arte urbana e valorização da memória local. O projeto tem como foco a revitalização das fachadas de imóveis antigos, promovendo melhorias estéticas e estruturais com a participação direta de artistas da cidade.

A proposta, coordenada pela Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico, busca resgatar o charme das construções tradicionais do centro da cidade, muitas delas datadas dos séculos XIX e XX. Com apoio técnico da Prefeitura e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), os imóveis recebem pintura especializada, reparos e intervenções artísticas que respeitam suas características originais.
Um dos diferenciais do programa é o envolvimento de artistas plásticos, grafiteiros e ilustradores locais, que criam painéis e ornamentos inspirados na história de Sete Lagoas, em seus personagens, ofícios e símbolos populares. As intervenções seguem critérios técnicos e são aprovadas previamente por um conselho curador que inclui arquitetos, historiadores e representantes da comunidade.
A primeira etapa da iniciativa contemplou cerca de 20 imóveis nas ruas Domingos Pimenta, Marechal Deodoro e na Praça Barão do Rio Branco. Os resultados são visíveis: fachadas antes apagadas e descaracterizadas agora exibem cores vibrantes, elementos artísticos e acabamento restaurado, despertando o orgulho dos moradores e atraindo visitantes.
Dona Celina, de 78 anos, moradora da região central, viu a fachada de sua casa, construída pelo avô, ser restaurada pelo projeto. “Fiquei emocionada. Trouxeram de volta as cores da minha infância. Agora as pessoas param, tiram foto... é como se a memória da minha família ganhasse uma nova chance de ser contada.”
O programa também inclui ações educativas, como visitas guiadas, oficinas com os artistas e material didático sobre o patrimônio da cidade distribuído em escolas públicas. A proposta é envolver jovens e estudantes no processo de valorização histórica e urbana, despertando o senso de pertencimento.
Além do impacto visual e cultural, a iniciativa está movimentando a economia criativa local. Oficinas de pintura, lojas de materiais e ateliês vêm registrando aumento na demanda, enquanto o comércio do centro histórico comemora o retorno do fluxo de pessoas e turistas às ruas antes esquecidas.
Com o “Fachadas Vivas”, Sete Lagoas mostra que cuidar do passado é também investir no futuro. A cidade transforma seu patrimônio em arte viva, fortalecendo identidade, memória e beleza urbana com a força criativa de quem vive e ama o lugar.





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