Sete Lagoas em alerta com aumento de casos de síndrome respiratória grave na região
- turbuck
- 18 de jun.
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Sete Lagoas e municípios da região entraram em estado de atenção devido ao aumento expressivo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas semanas. De acordo com o boletim da Superintendência Regional de Saúde, os registros da doença cresceram 35% em relação ao mesmo período do ano passado, acendendo um alerta entre autoridades e profissionais da área da saúde.

A SRAG é caracterizada por quadros respiratórios intensos, geralmente com febre, tosse, dificuldade para respirar e necessidade de internação. Embora muitos casos estejam associados a vírus como o influenza e o SARS-CoV-2 (Covid-19), a sobrecarga nos serviços de urgência tem dificultado o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, especialmente entre idosos, gestantes e crianças.
No Hospital Municipal de Sete Lagoas, a ala respiratória opera com 90% de ocupação, sendo que mais da metade dos leitos são ocupados por pacientes com suspeita de infecção viral. A direção do hospital informou que está ampliando o número de profissionais plantonistas e reforçando os estoques de medicamentos antivirais e antibióticos de suporte.
Além do hospital municipal, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) também registraram aumento na demanda. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a média de atendimentos respiratórios por dia subiu de 180 para 250 em menos de um mês. Para atender ao crescimento, foi criado um protocolo de triagem acelerada, com encaminhamento direto de casos graves para especialistas.
A Prefeitura iniciou uma campanha preventiva nas redes sociais e rádios locais, reforçando a importância da vacinação contra a gripe e a Covid-19, além de cuidados básicos como o uso de máscaras em locais fechados, higienização das mãos e isolamento voluntário em casos de sintomas gripais. Em paralelo, escolas municipais passaram a orientar pais sobre como agir diante de sintomas em crianças.
De acordo com a enfermeira epidemiológica Camila Dias, a circulação simultânea de diferentes vírus pode estar por trás do aumento. “Estamos vivendo um período de sazonalidade, com ar mais seco e aglomerações em ambientes fechados. Isso favorece a propagação de vírus respiratórios. Mas é importante ressaltar que o sistema de saúde está preparado”, afirmou.
A Secretaria de Saúde também alertou que ainda há baixa adesão à vacina contra influenza, com cobertura de apenas 53% do público-alvo, abaixo da meta de 90% preconizada pelo Ministério da Saúde. Postos de saúde seguem aplicando o imunizante gratuitamente, inclusive com horários estendidos aos sábados.
A orientação para a população é clara: em caso de febre persistente, cansaço extremo, dor no peito ou falta de ar, deve-se buscar imediatamente atendimento médico. Sintomas leves devem ser monitorados em casa, com repouso, hidratação e uso de analgésicos, quando necessário.
Com ações integradas e mobilização dos serviços de saúde, Sete Lagoas busca conter o avanço da síndrome respiratória grave e proteger sua população, especialmente os grupos mais vulneráveis. A meta é reduzir os casos nas próximas semanas e evitar a sobrecarga total do sistema hospitalar.





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