Sete Lagoas incentiva leitura com bibliotecas abertas nos bairros e projetos nas escolas
- turbuck
- 20 de jun.
- 2 min de leitura
Sete Lagoas está colocando os livros mais perto das pessoas. Com a criação de bibliotecas comunitárias em bairros periféricos e projetos de incentivo à leitura dentro das escolas, o município tem promovido o acesso ao conhecimento e o prazer da leitura como forma de transformação social. A proposta vai além do acervo: é sobre criar espaços vivos de convivência, escuta e descoberta.

O programa “Ler é Viver”, coordenado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, já implantou nove bibliotecas em centros comunitários, escolas e associações de bairro. Os espaços funcionam com acervo renovado, horário estendido e atividades como contação de histórias, oficinas literárias, rodas de leitura, saraus e cineclubes. A gestão é compartilhada com voluntários e moradores, que ajudam a manter o ambiente ativo e acolhedor.
Na biblioteca do bairro Santa Luzia, crianças e adolescentes participam toda semana de uma roda de leitura conduzida por professores aposentados. A pequena Julia, de 8 anos, descobriu ali seu livro favorito. “Eu gosto da história da menina que queria voar. Agora quero escrever o meu próprio livro”, conta, com os olhos brilhando.
As escolas municipais também passaram a integrar a iniciativa, com ações como o “Desafio de Leitura”, feiras literárias, clubes do livro e parcerias com escritores locais. Em algumas unidades, os próprios alunos ajudam a organizar as bibliotecas escolares, escolhem temas de interesse e escrevem pequenas resenhas para incentivar colegas.
Outro destaque é a “Bicicloteca”, uma bicicleta adaptada com estantes de livros que circula por praças, feiras e eventos da cidade, emprestando livros gratuitamente e promovendo atividades de leitura em voz alta. A ideia nasceu de um projeto de extensão da Escola Municipal Professor Ruy Lage e hoje é referência de inovação no acesso ao livro.
Segundo a coordenadora do programa, Camila Vasconcelos, o foco é romper barreiras físicas e simbólicas. “Tem muita gente que nunca entrou numa biblioteca ou acha que livro não é pra ela. A gente mostra que todo mundo tem direito à leitura, à imaginação e à palavra”, afirma.
Com ações simples e potentes, Sete Lagoas transforma páginas em pontes — e mostra que uma cidade leitora é uma cidade mais crítica, criativa e capaz de escrever seu próprio futuro.





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